top of page

No âmbito do Projeto Geométrico, são elaborados documentos técnicos contemplando memorial descritivo, memorial de cálculo, plantas e seções-tipo, atendendo às recomendações apresentadas a seguir.

Todos os documentos devem ser elaborados e emitidos de acordo com as diretrizes das Instruções de Projeto, de Elaboração e Apresentação de Documentos Técnicos, Codificação de Documentos Técnicos e Elaboração e Apresentação de Desenhos de Projeto em Meio Digital, pertinentes a cada órgão Estadual ou Federal responsável pela operação da rodovia.

Memorial Descritivo

O memorial descritivo deve conter as diretrizes adotadas para o traçado geométrico, abrangendo no mínimo os mesmos tópicos mencionados no Projeto Básico. Eventuais alterações de parâmetros devem ser destacadas e devidamente justificadas.

Memorial de Cálculo

No Projeto Executivo, o memorial de cálculo deve apresentar no mínimo os seguintes elementos:

  • Valores da superelevação nas estacas inteiras e nos pontos notáveis, com as curvas dos trechos de transição de superelevações, apresentados conforme exemplo anexo;

  • Nota de serviço da plataforma acabada de todas as estacas.

Desenhos em Planta do Projeto Executivo 

Os desenhos devem ser apresentados em formato A-1, utilizando as escalas 1:1000 horizontal e 1:100 vertical.

Com relação aos demais elementos das plantas, deve-se observar, além das recomendações gerais preconizadas para o Projeto Básico os seguintes itens para a perfeita execução das obras:

  • Superelevação nas estacas inteiras, nos pontos notáveis e nos pontos de 0%, quando houver variação;

  • Tabela de curvas dos eixos e das bordas quando necessário, com todos os elementos das curvas, além das coordenadas e estacas dos pontos notáveis;

  • Nos narizes arredondados, indicação das coordenadas do centro da curva;

  • Azimute das tangentes nos eixos;

  • Localização de solos de baixa capacidade de suporte a serem removidos;

  • Localização de áreas de apoio, isto é, áreas de empréstimo ou depósito de material excedente, localizadas dentro da faixa de domínio ou externas.

Estas informações podem ser indicadas em plantas específicas, elaboradas usando até mesmo escalas distintas do restante do projeto, de acordo com a localização de tais áreas.

 

Características geométricas dos desenhos em Planta

O eixo da via projetada deve aparecer aproximadamente em posição horizontal ao longo das pranchas, com as estacas espaçadas a cada 20 m, crescendo da esquerda para a direita.

Normalmente, a linha base deve ser o eixo da via. Quando a largura da via for variável, será preciso fornecer várias dimensões para que o construtor possa posicionar corretamente as bordas do pavimento, as guias, passeios etc.

Nas vias de larguras diferentes, mas uniformes, as dimensões devem ser dadas no começo e fim de cada trecho, sendo que, nos casos em que trechos de largura constante abranjam toda a prancha, esta largura deve ser anotada nos lados direito e esquerdo da prancha. Devem-se fornecer os raios de todas as curvas, inclusive narizes. Os PC e PT devem ser amarrados por estaca.

Também devem ser representadas as bordas da plataforma e as projeções dos off-sets, hachurados em convenções diferenciando os cortes dos aterros.

Características Geométricas dos desenhos em Perfil Longitudinal:

O perfil longitudinal deve ser desenhado em faixa reticulada, cujas quadrículas devem ter 0,5 cm de lado em escala natural.

Se existir um canteiro central com largura variável e linhas base ou linhas de perfis separadas para cada pista, devem ser desenhados dois perfis diferentes com as respectivas linhas do terreno.

Devem ser identificadas, adequadamente, a linha do terreno e a linha do greide. As referências básicas devem ser selecionadas, levando-se em conta as cotas mais elevadas que ocorrem em cada prancha, de modo que tal prancha não fique sobrecarregada se dois perfis forem nela desenhados.

As cotas do terreno devem ser escritas verticalmente à esquerda da linha, perpendicularmente à linha de referência básica. A cota do greide deve ser escrita à direita daquela linha.

Para o estaqueamento deve ser usado o seguinte critério:

  • As estacas inteiras devem ser anotadas horizontalmente, acima da linha de referência básica;

  • As estacas fracionárias devem ser anotadas verticalmente, abaixo da linha de referência básica, para todos os quilômetros inteiros, PCV, PTV, PIV e para as seções transversais que não sejam as das estacas inteiras;

  • As igualdades de intervenção para todas as vias transversais devem ser anotadas acima da linha do greide.

As cotas finais do greide devem ser anotadas:

  • Em todas as estacas inteiras;

  • No PCV;

  • No PTV;

  • Nos eixos das obras de arte;

  • No PIV;

  • Nos narizes físicos.

As porcentagens devem ser fornecidas com precisão de milésimos (0,001), ou seja, décimo de um porcento, para todas as rampas do greide.

Quando as bordas de qualquer faixa forem arredondadas, as cotas, para melhorar a aparência, devem ser fornecidas em intervalos regulares, ao longo das bordas da faixa, em complemento às flechas de declividade.

As cotas dos pontos altos e baixos devem ser anotadas na prancha, em suas respectivas posições.

Seções Transversais

As seções transversais devem refletir com precisão adequada o relevo do terreno e as condições existentes a serem desenhadas, preferencialmente na escala 1:200.

As seções transversais devem ser desenhadas em suas respectivas estacas, perpendicularmente ao eixo, devendo mostrar as obras ou serviços a serem implantados com todos os elementos funcionais.

O eixo deve aparecer apropriadamente estaqueado e denominado.

As seções transversais devem ser representadas por meio de linhas contínuas, com suas respectivas estacas devidamente anotadas.

Deve-se tomar cuidado especial para que os eixos das seções centralizem-se numa mesma coluna.

As seções transversais devem ser apresentadas em formato A-4 e em conjunto; na parte inferior, devem figurar as notas de serviço da plataforma acabada.

As cotas de referência devem ser anotadas numa linha grossa vertical, à esquerda de cada seção transversal.

O terreno deve ser desenhado por meio de linhas tracejadas de traço fino.

Todos os muros, tubulações transversais, estruturas etc. já existentes devem ser desenhados por linhas tracejadas.

De modo geral, o intervalo entre duas seções transversais consecutivas deve ser de 20 m.

Entretanto, outras seções suplementares podem ser desenhadas para esclarecerem os elementos existentes ou projetados e para aumentarem a precisão dos cálculos de terraplenagem.

O gabarito projetado deve ser desenhado depois que o greide e todas as estruturas existentes estiverem posicionados.

As seções devem conter as seguintes informações:

  • cotas do greide e do terreno natural;

  • gabarito projetado, incluindo:

  • Pistas, acostamentos, refúgios, tapers, valetas, sarjetas, arredondamentos e taludes;

  • Guias, canteiros, muros, passeios;

  • declividade transversal dos taludes.

  • dimensões horizontais a serem fornecidas somente quando a largura da faixa, do acostamento etc. estiver em transição;

  • estacas iniciais e finais de qualquer tratamento especial de superelevação, passeios, guias, declividades de taludes, bermas etc;

  • off-sets de cortes e aterros;

  • áreas de terraplenagem para cada seção de corte ou aterro, com identificação dos materiais de 1º, 2º e 3º categorias;

  • igualdade entre as estacas, quando houver;

  • quaisquer outras informações de interesse. 

Seções -Tipo

Todas as seções-tipo representativas devem ser desenhadas na escala 1:100, inclusive as obras de arte especiais, indicando também a posição da linha de base e da linha de perfil.

© 2021 by Luan Teles.

bottom of page